segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Poesia na cabeça

Quando a poesia me sobe a cabeça
Deixo que os sons ecoem
Pelo meu efêmero corpo
E solto, deslumbro centenas de olhares
Contemplando as minhas cores
De singelos tons e movimentos
Perdidos pelo espaço e tempo
Que não espera retorno.
Retoco então os contornos
Delineando o meu próprio sentido
E entre uma linha e outra
Escuto o que vem de tantas bocas
Beijando a existência da beleza...
Quando a poesia me sobe a cabeça
É que a proeza se realiza
Encontrando o seu destino na verdade
Dita de uma vez por todas
Em meras palavras que não sabem
Nem mesmo aonde vão desaguar
E ficam girando pela terra sem fim
Ecoando em minha cabeça feito poesia...